quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Igreja afasta deputado federal da função de padre na PB por defender camisinha

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u509366.shtml
*colaboração para a Folha Online

O Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo di Cillo Pagotto, proibiu nesta quarta-feira que o deputado federal e padre Luiz Couto (PT-PB) exerça a função religiosa. A decisão foi tomada após uma reportagem publicada hoje no jornal "O Norte", da Paraíba, em que Couto defende abertamente o uso de camisinha.

Em entrevista ao jornal, Couto disse o uso de preservativos "é uma questão de saúde pública". O deputado, que é padre desde 1976, também tocou em questões delicadas para a Igreja Católica.

Disse que é preciso combater o preconceito e a discriminação contra homossexuais, defendeu o fim do celibato e, apesar de ser contrário ao aborto, disse que as mulheres que fazem devem receber o devido tratamento médico.

Em nota, o arcebispo da Paraíba disse que as declarações de Couto "provocam confusão entre os fiéis cristãos", além de contrariar a doutrina pregada pela Igreja Católica. Com a decisão, o padre fica impedido de celebrar missas no Estado.

A nota diz que Couto poderia voltar a exercer a função de padre caso faça uma retratação pública. O deputado federal, que está em seu segundo mandato na Câmara, celebra missas, casamentos e batizados na paróquia de São José Operário, em João Pessoa, nos fins de semana.

Procurado pela reportagem da Folha Online, o deputado não foi encontrado para se manifestar.

Um comentário:

Didier disse...

Com a crise moral reinante em nossa política, sinceramente imaginava que tão cedo daria razão a um deles....
Mas sou forçado, mais uma vez, diante da ignorante e intolerável manifestação de poderio da igreja, a olhar para este padre deputado com olhos mais compreensivos e misericordiosos...
Engraçado que enquanto Bento prega o perdão daqueles que renegam os massacres contra os judeus, aqui caçam o padre porque ele fala algumas verdades que a igreja anda precisando discutir, e meditar...
E lá se vamos nós...