segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Traduções


Ando escutando muito a história de falar em línguas.
Não sei se é moda ou se é fantasia. Na verdade, para mim, trata-se de apenas mais uma mania, a meu ver nada carismática, que este povo cheio de carismas insiste em tentar nos impingir.
Jesus falou tão claramente, tão abertamente e, mesmo assim, até hoje, pouquíssimos são os que entendem realmente a sua mensagem. Então, pra que complicar? Como imaginar que o Espírito Santo, deixado para nos ajudar, queira nos falar em líbguas estranhas, como se isso fosse uma sublime manifestação de poder e glória...
Vamos pensar...
Pelo amor de Deus, vamos racionalizar...
Desde o antigo testamento, Deus Pai se mostra direto em suas mensagens. Basta reler passagens como a do Gênesis, com Adão e Eva (regras simples, claras), a do Sacrifício de Issac (ordem direta, extrema), a dos Dez Mandamentos (bastante resumidos, sintetizados), a de Lot em Sodoma e Gomorra(mesmo através de mensageiros(anjos) nada de nebuloso, tudo direto), entre outras.
Depois vem Jesus e, além de ser claro, fosse em seus sermões, fosse em suas parábolas, fosse em suas comparações, fosse em suas respostas, ainda faz questão de dar o exemplo, de viver o que pregava. E foi além, previu fatos que aconteceriam. Mais claro que isso?
Por que então o Espírito Santo, terceira pessoa da trindade divina, ao invés de acender os corações com a palavra viva, a mensagem autêntica, a linguagem direta, preferiria agir através das pessoas utilizando de línguas que poucos entendem?
Porque necessitar de traduções? Penso que chega até a ser uma ofensa à inteligência divina...
Línguas...
Prefiro crer nas línguas de fogo, que acenderam os corações e as mentes dos discípulos e os encheram de coragem para lutar, pregar e viver por aquilo em que acreditavam. De forma simples, humilde, mas firme, verdadeira. Não era eles que falavam em outras línguas, mas as pessoas que entendiam em suas línguas o que eles falavam...
Pra que inverter as coisas? Por que tornar a mensagem intraduzível?
Os irmãos carismáticos que me perdoem...
Mas não dá pra entender!

11 comentários:

R. Giskard Reventlov disse...

Muito lógico. 100% de concordância alcançada.

Miguel the Monk Punk disse...

HAuhuahae, eu tb nunca entendi cara!
Essa galera viaja (ou ainda, se esconde) nesse Shvalianmbamsnbdmnasdan... eu prefiro olhar no olho de alguém e dizer: te amo como é, meu irmão. Não tem oração mais linda. O resto á "falácia", aehuaa. Sacou, falácia! Ahueaheuaheaue

Frantcescco, a santidade humilde disse...

A linguagem do amor é simples. Basta olhar, oferecer a mão, estar presente. Até no silêncio o código do amor Ágape se manifesta. Basta amar sem esperar ser amado, compreender sem esperar ser compreendido, dar sem esperar receber nada em troca.
Servir, vivendo. Viver, servindo!
Humilde, simples e inexoravelmente...

Gabriel disse...

Interessante vocês humanos...esperei tanto por esse momento para lhes perguntar...por que acham que a língua dos anjos é diferente da de vocês...ou que precisam de algo diferente para falar com o Senhor...estão novamente tentando igualar - se a seres divinos...ou estão inventado mais uma das suas modas para dizerem que dessa forma falam com Deus...ele ouve através do seu silêncio e não de línguas ditas "de anjos"...apropriam-se de algo que nunca existiu somente para acharem que estão mais próximos de Deus do que os demais...nada mais do que soberba em achar que existe uma língua especifica para se falar com Deus...apenas silenciem os seus corações...para que possam escutar o que realmente ele precisa de vocês nada mais do que isso...apenas silenciem...

Emil Fanum disse...

Queridos irmãos em Cristo. Nessa minha ausência tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o que tanto discutimos aqui nesse nosso espaço virtual. E percebi que realmente vocês questionam demais tudo o que vocês não conhecem ou no que a fé de vocês está abalada. As orações em línguas é um momento sublime, o que nos leva a esquecer do mundo em que vivemos e nos conecte diretamente com Deus. Pois dessa forma podemos realmente entrar em contato com o que há de mais divino nos nossos corações e dessa forma experimentar o verdadeiro amor de Deus o que ele nos quer dizer. Eu fico impressionado como vocês ainda não perceberam que essa nossa linguagem mundana é impossível nos tornar mais puros para dirigirmos a palavra ao nosso Pai. Espero que um dia vocês entendam a importância dessa língua que vocês ainda não entendem e possam saborear por um momento o real encontro com Deus.

Abraços para todos vocês meus irmãos em Cristo.

Didier disse...

Opa... Finalmente nosso Arcanjo voltou a se manifestar. Por alguns dias chjeguei a pensar que tivesse desistido de nós, pobres mortais...
Gosto de suas observações, caro Gabriel. Sempre há um ensinamento oculto no silêncio que permeia suas palavras...
Caro Fanum, boas voltas também. O espaço democrático de direito do CQP continua aberto até para os absurdos de seu fanatismo. Você é um irmão querido, embora muitas vezes me irrite profundamente com o absolutismo de suas "verdades". Acho que vou lhe batizar de "o Imperialista da Fé", que acha?

R. Giskard Reventlov disse...

Perdão irmão Jobour, mas devo lhe corrigir. Imperialista da Fé é uma contradição em termos.

Didier disse...

Peço desculpas, meu caro Giskard.
Eu tinha a impressão de que a sua convivência com os humanos já havia criado registros sobre a ironia.
Esqueço que sua racionalidade mecânica às vezes engessa sua interpretação sobre nossas manifestações.
Tentarei explicar racionalmente:
Para mim contradição é a mistura de fé e fanatismo. Como todo fanático é "imperialista" por natureza, julguei apropriado provocar o irmão Fanum com este epíteto "Imperialista da Fé"
Nos meus registros e na minha vivência, fé é uma confiança que nasce e permanece no coração, direcionando os caminhos daquele que a experimenta. Isso não nos dá o direito de tentar impor o que acreditamos aos outros, como parece ser a missão do caro Emil...
Ainda nos meus registros, muito antes de ser uma definição econômica (na contextualização atual) o imperialismo é uma tendência para as anexações, sejam quais forem as suas naturezas.
Imperialismo da fé, neste contexto é uma licença irônica usada para tentar mostrar ao amigo Fanum que, pela força, nenhuma fé consegue se manter.
De qualquer maneira, agradeço seu cuidado e seu aparte, nobre Giskard. Me deu a chance de clarear minhas colocações para todos os pensadores católicos...
Paz e prosperidade, irmão robô!

Didier disse...

Ainda sobre o assunto, o que acha que algumas igrejas evangélicas têm praticado mundo afora?
Não seria um modelo imperialista?
Baseado na fé?
Fica a questão para debate...

R. Giskard Reventlov disse...

As irmãs protestantes, e as nem tão "irmãs" pentecostais tem se valido dos espaços, do vazio da sociedade contemporânea. Assim, com o perdão da rudeza, seu movimento se trata apenas de oportunismo, que se configura bom ou mau dependendo do objetivo.

Didier disse...

o movimento lá delas, vc quer dizer... só para esclerecer... não o meu...hê, hê...