
Acabei de vir de um encontro de jovens que aconteceu no último final de semana. Um encontro comum, como muitos outros, que tem defeitos e qualidades inerentes ao seu conteúdo. Coisas bonitas são ditas, uns são tocados, outros nem tanto, mas, afinal, o que é mais importante num encontro de jovens?
Ouvir belas palavras, ser tocado por algumas delas. Falar e ser ouvido. Palavras são coisas poderosas, que agem de maneira sorrateira nas nossas almas. As vezes ficam dias, semanas ou meses até que façam sentido. O importante mesmo é usá-las. Deixá-las agir.
Conhecer pessoas iguais a você, ou completamente diferentes, e perceber que são, na verdade, apenas pessoas. Únicas, indivisíveis e dividias. Que sabem e que não sabem quem são, como todo mundo aliás! E levar isso para o seu cotidiano, lembrando que gente é apenas gente e erra como gente.
Pensar, pensar muito. Certamente um momento a parte para refletir sobre você, sua vida, a vida dos outros, os porquês existenteciais também conhecidos como: e agora? Perceber que na vida não há um momento em que não ha crise. Perceber que vivemos em crise simplesmente por que vivemos. Viver é estar em crise.
Mas, antes de mais nada, de longe o maior benefício de um encontro de jovens é o resultado do testemunho da superação. É ver uma multidão de gente lutando pra mover um grão de areia, que talvez, numa reação em cadeia, vai derrubar uma montanha um século depois, mas agora é só um grão de areia. O maior testemunho é a ação, independente de gratificações, de metas, de cumprir objetivos traçados e preestabelecidos.
O importante é perceber que a vitória não é nossa, assim como não é nossa a meta, nem o objetivo. Somos apenas os braços, os trabalhadores, as ferramentas. Cabe ao dono da história decidir o que fazer com o resultado. E ele sabe...