Retira do do Blog dos correspondentes do UOL: http://pelomundo.folha.blog.uol.com.br/arch2010-08-08_2010-08-14.html#2010_08-10_04_27_15-148393557-26
Anne Rice, o papa e "True Blood"
LOS ANGELES
Em 1998, a famosa escritora de romances vampirescos Anne Rice deixou de lado o ateísmo e voltou a frequentar missas. Nos anos 2000, escreveu até um livro sobre Jesus, "Cristo, o Senhor: Fuga do Egito".
Mas, agora, a autora de “Entrevista com o Vampiro” mudou de idéia. Desistiu da Igreja Católica, desistiu de ser cristã. E anunciou o fato na sua página do Facebook.
Criada em família cristã, a escritora americana (acima, em foto da Reuters de 10 anos atrás) deixa a igreja pela segunda vez. A primeira foi nos anos 60, quando passou a estudar obras de Sartre, Camus e o existencialismo.
“Em nome de Cristo, eu me recuso a ser anti-gay. Eu me recuso a ser anti-feminista. Eu me recuso a ser anti-controle de natalidade. Eu me recuso a ser anti-democrata. Eu me recuso a ser anti-ciência. Eu me recuso a ser anti-vida”, escreveu na sua página na internet.
Em entrevista ao “Los Angeles Times” no final de semana, ela falou que a gota d´água foi a notícia de um bispo em Phoenix (EUA) que condenou publicamente uma freira após ela ter autorizado um aborto que salvou a vida de uma mulher num hospital da cidade. Ela também ficou consternada quando o papa Bento 16 foi à África e condenou o uso de camisinha.
Para quem espera que ela volte a escrever sobre vampiros, pode esquecer.
“Estou planejando uma nova série sobre imortais, é uma ideia para um thriller metafísico”, disse Rice ao jornal. “Há muitas ideias maravilhosas quando se quer escrever sobre imortais. Vampiros foram a minha primeira tentativa, e eu não vou voltar a eles.”
Mas a escritora de 68 anos assiste a seriados vampirescos como "True Blood" e ainda faz comentários bastante pontuais em seu site pessoal.
"Como Bill e Jessica entraram na casa de Sookie sem serem convidados por ela? Para mim, Joe Manganiello, que faz Alcide, é a melhor novidade do elenco", escreveu há duas horas.
2 comentários:
Talvez ela esteja misturando as bolas, confundindo papa e bispo com a verdadeira igreja. Mas gosto da postura cristã, muito autêntica, em sua fala e, ouso até parafraseá-la: "Em nome de Cristo, não posso condenar uma Freira por salvar uma vida"!Aliás não poderia condená-la, em nome dele, nem que ela tirasse uma vida. Ele ensinou a perdoar! Condenação é coisa dos vampiros espirituais que assumiram o poder na igreja fundada por Jesus.
Enfim: natural assim, nada mais simples!
Engraçado. Conheço tanta gente que se afasta das igrejas e se aproxima mais de Cristo, que fico pensando no desserviço que as igrejas têm prestado ao Cristianismo.
INCLUSÃO E PERDÃO são as palavras chaves. Não EXCLUSÃO e CONDENAÇÃO!
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