segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ação e reflexão




Acabei de vir de um encontro de jovens que aconteceu no último final de semana. Um encontro comum, como muitos outros, que tem defeitos e qualidades inerentes ao seu conteúdo. Coisas bonitas são ditas, uns são tocados, outros nem tanto, mas, afinal, o que é mais importante num encontro de jovens?

Ouvir belas palavras, ser tocado por algumas delas. Falar e ser ouvido. Palavras são coisas poderosas, que agem de maneira sorrateira nas nossas almas. As vezes ficam dias, semanas ou meses até que façam sentido. O importante mesmo é usá-las. Deixá-las agir.

Conhecer pessoas iguais a você, ou completamente diferentes, e perceber que são, na verdade, apenas pessoas. Únicas, indivisíveis e dividias. Que sabem e que não sabem quem são, como todo mundo aliás! E levar isso para o seu cotidiano, lembrando que gente é apenas gente e erra como gente.

Pensar, pensar muito. Certamente um momento a parte para refletir sobre você, sua vida, a vida dos outros, os porquês existenteciais também conhecidos como: e agora? Perceber que na vida não há um momento em que não ha crise. Perceber que vivemos em crise simplesmente por que vivemos. Viver é estar em crise.

Mas, antes de mais nada, de longe o maior benefício de um encontro de jovens é o resultado do testemunho da superação. É ver uma multidão de gente lutando pra mover um grão de areia, que talvez, numa reação em cadeia, vai derrubar uma montanha um século depois, mas agora é só um grão de areia. O maior testemunho é a ação, independente de gratificações, de metas, de cumprir objetivos traçados e preestabelecidos.

O importante é perceber que a vitória não é nossa, assim como não é nossa a meta, nem o objetivo. Somos apenas os braços, os trabalhadores, as ferramentas. Cabe ao dono da história decidir o que fazer com o resultado. E ele sabe...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Concedei-nos o convívio dos eleitos....


Caros Pensadores

Proponho uma série de reflexões sobre as respostas que semanalmente somos obrigados a repetir nas celebrações dominicais, especificamente durante as orações Eucarísticas.
Inicio com este primor: Concedei-nos o convívio dos eleitos.
Sempre considerei esta frase um atentado á inteligência Cristã.
Se Deus nos deu o livre arbítrio, como Ele poderá nos conceder qualquer coisa, se não formos dignos dela. Teremos ou não nossa recompensa, seremos ou não chamados para o "convívio dos eleitos", se tivermos merecimento para tal. Então, porque aborrecer a Deus com este tipo de pedido?
E quem seriam os eleitos?
Por acaso, a despeito de toda mensagem de igualdade e liberdade de Deus, através de Cristo, Ele tem aqueles que elege como melhores? Ou são estas pessoas que se elegem por mérito próprio? E, se assim o é, o que nós, pecadores, pobres mortais estaríamos fazendo no meio delas?
Não seria mais humilde, verdadeiro e produtivo orar a Deus pedindo que Ele nos concedesse o dom de viver de forma digna, coerente e simples?
Não seria mais Cristão, orar para estar entre os últimos e, não, entre os eleitos?
Fica a pergunta no ar...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Traduções


Ando escutando muito a história de falar em línguas.
Não sei se é moda ou se é fantasia. Na verdade, para mim, trata-se de apenas mais uma mania, a meu ver nada carismática, que este povo cheio de carismas insiste em tentar nos impingir.
Jesus falou tão claramente, tão abertamente e, mesmo assim, até hoje, pouquíssimos são os que entendem realmente a sua mensagem. Então, pra que complicar? Como imaginar que o Espírito Santo, deixado para nos ajudar, queira nos falar em líbguas estranhas, como se isso fosse uma sublime manifestação de poder e glória...
Vamos pensar...
Pelo amor de Deus, vamos racionalizar...
Desde o antigo testamento, Deus Pai se mostra direto em suas mensagens. Basta reler passagens como a do Gênesis, com Adão e Eva (regras simples, claras), a do Sacrifício de Issac (ordem direta, extrema), a dos Dez Mandamentos (bastante resumidos, sintetizados), a de Lot em Sodoma e Gomorra(mesmo através de mensageiros(anjos) nada de nebuloso, tudo direto), entre outras.
Depois vem Jesus e, além de ser claro, fosse em seus sermões, fosse em suas parábolas, fosse em suas comparações, fosse em suas respostas, ainda faz questão de dar o exemplo, de viver o que pregava. E foi além, previu fatos que aconteceriam. Mais claro que isso?
Por que então o Espírito Santo, terceira pessoa da trindade divina, ao invés de acender os corações com a palavra viva, a mensagem autêntica, a linguagem direta, preferiria agir através das pessoas utilizando de línguas que poucos entendem?
Porque necessitar de traduções? Penso que chega até a ser uma ofensa à inteligência divina...
Línguas...
Prefiro crer nas línguas de fogo, que acenderam os corações e as mentes dos discípulos e os encheram de coragem para lutar, pregar e viver por aquilo em que acreditavam. De forma simples, humilde, mas firme, verdadeira. Não era eles que falavam em outras línguas, mas as pessoas que entendiam em suas línguas o que eles falavam...
Pra que inverter as coisas? Por que tornar a mensagem intraduzível?
Os irmãos carismáticos que me perdoem...
Mas não dá pra entender!